segunda-feira, 30 de março de 2009

No silêncio das águas - Por Socorro Moreira









E as águas de março, no rio desaguaram?
Acomodaram-se no silêncio domingueiro...
Fugiram do estresse de todas as feiras...
Guardou-se para os mares que não vêem.

Nos pequenos comas... Nada parece existir...
Com exceção dos próprios sonhos.

Quando desperto, procuro teus recados...
Uma palavra de mimo, um sorvete no verso...
Mas é tudo indefinido.

Silêncio de uma ponte quebrada é quase mortal...
É um Deus nos acuda... É o que será que será...
É medo do recomeço, sem a estrela principal.

Estou voltando aos poucos
Arqueando as sobrancelhas de novo
Buscando pequenos sinais...
Um pequeno fogo, que aqueça o alimento.

Estou no caminho da fumaça...
E chego assim, naquela casa:
Toc, toc, toc... Tem gente?
A porta range...
A surpresa explode o abraço...
Encontro!
No amor, resgato meu veio...
De águas tépidas e claras!



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