Noites de ócio
Longas , insones ...
Internet, TV, telefone
De pensamentos fixos,
pesadas no vício ...
Tardes de torpor
Sonolentas , vazias
Manhãs atropeladas ...
Curtas manhãs !
-Tempos roubados de mim !
.
Rio dos alentos
Sampa dos desencontros
Crato comigo...
unido, indescritível
Estradas sem pontes
Rio sem margens
profundas viagens
Pálpebras pesadas
pernas cruzadas,
diante da claridade...
Fechando ciclos !
.
Minha mãe voltou
Abracei o colo que foi meu
Mas ainda tem aconchego
no sorriso terno
Ainda tem luz
nos olhos sábios !
Na esquina da rua
vi o vazio do meu pai,
encostado no muro
Presença invisível ?
Pensei ouvir seu assobio
Tanto tempo passou...
O tempo anda,
e vultos invisíveis
se alastram como buracos,
marcando a história.
.
Túnel do tempo
Entrar e sair
Abraçar, despedir-me
Fazer isso na memória ...
Seguir o rastro do perfume
Aspirar a poeira das horas !
Um comentário:
Minha querida Socorro,
tenho um sonho:
Beber vinho e vinho e vinho
contigo ao lado falando poesia
pela garganta e alma afora.
Um forte abraço.
Postar um comentário