quarta-feira, 2 de abril de 2008

A casa do rouxinol amarelo


Nunca fui assim ...
Como as protagonistas dos romances de Delly !
Mas sonhei com flamboyant, rouxinóis nos quintal
Estradas aéreas , natureza exuberante, nas margens do Rio Negro ...
Cruzei o Apa , comprei bebida no Paraguai
Fiz amigos que se esfumaçaram
Perdi amores mal começados ...
Guardei tantas histórias de vida
que pra vida ter sentido
tenho é que relatá-las ...
Preciso de um laboratório ,tempo e paz ...
Não posso deixar escapar meus sonhos reais !

2 comentários:

Montoril disse...

Socorro, prima querida! Deixei para comentar no final,embora já conhecendo o seu talento nato para a poesia, muito me encantou a sua capacidade de guardar na memória tantos detalhes da sua vida que, em parte, acompanhei de pertinho. Quando quizer voltar um pouco ao passado venha ouvir o tango La Cumparsita, meu preferido e da minha mãe Auri, e Petite Fleur fox que aprendí a tocar na infância em Mauriti. Beijos.

socorro moreira disse...

Deveras emocionada !
Com o meu pai , você , vovó Donana , aprendi as
primeiras melodias , que em mim se eternizaram. Lembro-me do quanto te
aperriava para tocar canções francesas , tangos e
valsas... Mas também para traduzir do francês para o Português o
sentido da poesia. Você poderia ter sido apenas músico , mas foi convocado
por Deus pra curar corpos e almas.
Somos filhos de dois irmãos, netos de Alfredo Maia e Donana. Avós que
viviam arte, e deles herdamos uma parte!
Ta Auri é uma saudade viva. Lúcida , mas ainda infantil , na pureza
de sentir !
Seu depoimento me deixou feliz , e agradecida.

Apesar de todas as páginas musicais que nos arrepiam , para mim seu hino é "Besame Mucho "!



Beijo !