terça-feira, 15 de abril de 2008

Cigana do Cais



As vezes acho , que sou reencarnação de algum Bôbo da Côrte ...
Claro , que prefiro a performance de uma dançarina,
Cigana do Cais,
emprestando o corpo para o ôlho do pirata mudo .
Uma boêmia bem resolvida,
sente-se em Petrópolis
Deseja a vida em Patópolis ...
Ser menina !
Meu corpo resolveu madrugar
Revolver lembranças e lençóis
Latidos e iuvos , escuto
Tenho que criar cachorros ...
Por que não cedo , por que me esquivo ?
Preciso verbalizar o quê , se apenas sinto ?
Putz , pensou Maria :
Coloquei sal no café
Quebrei o prato
Tremi pra passar batom
Mas as cantoneiras dos olhos ,
banham - me de luz !
O entendimento pleno de si ,e do outro ...
É instântaneo !
Passa , mas deixa um rastro
A gente pode retroceder como João e Maria ...
Sem bagagem , com fome de aventura ,
e a leveza dos meninos .
É possível amar sozinha ...
Sob todos os sentidos !

Um comentário:

socorro moreira disse...

2 comentários:
Carlos Rafael disse...
Beleza, poeta!
Socorro e socorrido

15 Abril, 2008 22:23
Pachelly Jamacaru disse...
Obrigado, muito obrigado! Um S.O.S, como este, faz-nos lançar-mos aos mares, só para ser-mos socorrido, como bem disse Rafa, pelo salva-alma da alma poética de Socorro. Estou lisonjeado!

16 Abril, 2008 17:09