quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Vale do Cariri - Socorro Moreira




A expiação é jiló, sal amargo.
O homem , em seus lugares torturados ...
O jardim desfolhado; o vestido que virou trapo
Os olhos perdidos , numa chuva que não passa...
O silêncio de quem não sabe pedir ...
A fragilidade de quem não pode fazer...
A displicência de quem não enxerga , o tudo a ver.
Tristeza no ar ...
Moitas nativas ,
rasgadas por um propósido descabido ...
Magoam com o olhar , o canto que amamos ...
Sorriso amarelo , no verde que aspiramos.
A natureza chora por nós...
Vale da madrugada ,
nem tudo está perdido !

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