quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Esperas


Madrugada escura
sem cheiro de flor...
De novo, o amor faltou
Aflição no ar...
Comum, alastraste...
Promessa sem esperança,
e o coração preso em algum vagar
Medo da soltura,
e de no vazio nunca mais amar!
Pesada dos anos, ainda caminho
Me arrasto no tempo sem saber sonhar!
E o amor perdido onde dormirá?
Mudo a cor da parede que me enclausura?
Pinto de amarelo ou da cor da lua...
Infiltro meu olhar em um novo achar!
Espera vazia, surta...
Espera serena, cura...
Uma velha dor que não quer passar!
À mercê do sentimento, sempre volto,
quando me procuram...
Linha, casa, botão, gaveta de armário...
Sempre espaçam pra você ficar!
Nunca prendo no abraço
Nunca acordo pra sonhar
Fico à toa numa espera tonta
de janela aberta pro amor chegar!
Ele passa... Não chega!
Ele voa... Não pousa!
É uma borboleta de asa prateada
flor em flor... Não pára de brincar!
E neste sumidouro aonde te encontro
Afundamos todos dentro de algum plano
que Deus permitiu para nos juntar!



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