quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Devaneio



A chuva voltou. Trouxe as sementes do frescor. Umedeceu minha samabaia , deixou molhada a roupa do varal. A natureza se encolhe quando ela chega...Depois tudo muda de cor, averdeja-se !


Minha poesia é fungada ...Preciso tratá-la. Internamente , ternamente ...


As lembranças deixaram de me inquietar. O presente me chacoalha , me faz tirar leite da pedra ... e com os pingos desse leite, sobrevivo. Minha tosse prenuncia o futuro.Expiro fumo...Aspiro vida - sem conflitos. Tudo claro , e nele me abstraio.


"Hoje eu não te quero mais ..."


Apago o cigarro .Com fósforo ativo a minha história.


Manhã nublada de janeiro. Coração acordado. Corpo querendo viço...Sem petisco !


Que a paz seja rainha ... Sempre !

2 comentários:

Tiago Viana disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Tiago Viana disse...

Na distância dos quilômetros
Todos os pingos que caem do céu
Lembro do Crato
Do canal, do Rio Grangeiro
Da Serra a desaparecer entre as nuvens
Da correnteza a arrastar as lamas
Das sementes brotarem no Lameiro
Do mercado cheio de frutos aos domingos
Do sorriso dos agricultores a molhar o rosto
Nos mesmos pingos que me lembra o Crato.

Belo espaço na Internet, a reduzir as saudades do Crato e do nosso povo.
Adicionei seu Blog ao Blog dos RastreadoreS de ImpurezaS,

Abraços,
Poetiza educadora da terra dos pequizeiros.