quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Das Dores


Das Dores
Tem o manto das noites
Viaja dias a fio
Nunca pára ,
nunca deita ,
nunca alcança o impossível
Espreitas aleatórias
Não tem país , nem história
Parece feita de pedra
parece feita de chão
Dança no ventre a paixão
mas gosta da solidão
Nunca escuta , nunca dita
Não liga o rádio da vida
Não canta alguma canção.
Seu mundo é tão obscuro
Feito nuvem condensada
numa ampla escuridão.
A loucura é seu destino
É assim desde menina ...
No céu da desolação.
Das Dores é minha alma
Pagã , em busca de fé
espera a compensação.
Uma luz que se aproxima
da agústia lhe desvia
mas a sina de Dasdores
é achar o seu condão.
Passa o tempo ,
passa a lua,
passa o mês da exaustão...
Em outubro, no ensino,
o caminho da menina ,
faz a grande confusão ...
A morte ,
que se aproxima
Não tem pressa ,
não tem sorte ...
E a alma da mocinha
se abnega , no perdão.

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