terça-feira, 2 de dezembro de 2008

No calor de dezembro


Os textos dos meus amigos novos e antigos , alimentam o meu dia a dia de novos sonhos.

Hoje acordei com vontade de reformar o mundo , antes do apocalípse. Deus não gosta de sucatas e velharias , disse-me um dia , um amigo. Inocente e distraidamente , pensei : Ai , Meu Deus , deixa-me viver as madrugadas , as minhas paixões, o encanto do mergulho nos olhos que me enxergam , e me desnudam. E o tempo passou ... Mesmo não traçando parãmetros , nem estabelecendo correspondências bi-unívocas , eu presencio e sofro as catástrofes do mundo. É uma dor , no meu coração que gosta do conforto do amor , e da poesia. Dr Valdetário , vamos descobrir uma fórmula matemática , que equacione os problemas da humanidade ? Como pagar os momentos de alegria e entusiasmo , nesses repetidos encontros , por aqui ?

Acho que os ventos da alegria também passam pelo presente , e rumam para um futuro, em conflito constante com os redemoinhos , que arrastam nossos sonhos , e os nossos anos.

A solidariedade nos faz feliz pela metade. A paz é um dom geral. Rezo por ela , e silencio o meu coração quando o fogo nos devora , e as águas nos arrasta.

O lirismo refresca as nossas feridas. São como línguas de gato , na nossa pele.E o amor , nele contido, pode ser transformador ?

Minha mãe sempre repete :" cá e lá , más fadas há". ..O jeito é misturar as emoções e buscar dentro da gente , um jeito de aguentar , o calor de dezembro !

3 comentários:

Domingos Barroso disse...

O meu dezembro, Socorro,
às vezes perdura por um ano todo,
aí de repente "não mais que de repente" vem um outono brabinho.
Mas no inverno eu fico quieto lambendo o barro frio das paredes invernosas. Bem, a primavera é outra coisa.
Tua alma é um encanto de generosidade. Abraços.

socorro moreira disse...

José do Vale Pinheiro Feitosa disse...
A Socorro é humana, absolutamente humana. Não é objeto, não se carrega de valores, não se oferta para o consumo. Ela é como um dia claro que evindencia tudo, um névoa que baixa só para oferecer mistério, um fluxo piroclástico que não incinera os fatos em seu trajeto, pois o seu fluxo acrescenta sem destruir. Por isso jamais há de se pensar nesta coisificação tão comum destes tempos capitais: sucatas e depósitos. Isso é cria do criador e o criador é um humano, devidamente humano.

10:36 AM


Claude Bloc disse...
Socorro,

Viajei no teu texto. Ele representa uma reflexão profunda sobre os eventos de hoje e toda a ebulição da tua alma no decorrer de tua vida. Pus-me no teu lugar, senti tua alma vibrar e o mundo correr sob tuas pálpebras...
Tuas palavras se completam no comentário de Zé do Vale...
Arrepia ler, viver, sentir

Abraço,

Claude

12:50 PM


Dr. Valdetário disse...
Muito bonito o seu texto e a sua poesia. Veio à minha mente o frio do inverno, o orvalho que veste o mato e um nascer de lua cheia. Parabéns. Valdetário.

socorro moreira disse...

Vocês me arrepiam. Faço uma releitura do que digo , e o que fica é o verdor nas minhas folhas , que estavam com calor.


Abraços.