quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Faz de Conta ...

Faz de conta


Que hoje é um dia qualquer da minha vida.
Que ele foi recortado do passado.
ou que chegou do futuro, ainda novinho...

Faz de conta que o meu presente é esse dia
E nele eu reponho a poesia, o verde, a minha alegria.

Faz de conta que você contracena comigo...
Que sorri me fala, e segura meu pé, num carinho.

Faz de conta que estamos numa estrada,
Em busca de uma serra, em busca de um cantinho...

Faz de conta... Que o dia está no infinito,
e de lá viver a eternidade...é preciso!

Faz de conta que contigo sou fada sem varinha..
Que tu és mago com cajado, e lanterninha...
Que eu sigo ao teu lado, no silêncio do teu dia

Faz de conta... Que só nós dois existimos...
Que a água está gelada, que a fonte de mim
É você quem mina e mima!

Pára um só minuto...
Abraça-me com todos os beijos que eu perdi...
Como certo dia...
Em que eu vi teus olhos,
e nem versos , fiz!

olhos cor-de-petróleo
apertadinhos e atentos
me descobrem
apesar das voltas
das meias
dos brincos
do vestido longo,
você pára no decote...
me decora,
me põe nua no mundo!
sono e sonho...
lá fora a lua se esconde
e o dia me beija,
me acorda dos teus olhos,
ao teu lado,
ganho o mundo!

2 comentários:

CARAVALENTE disse...

Como o som de minha solidão a ivadir a tua cena, minha ternura permitida, minha alma escondida...milhões de abandonos e mesmo assim essa vontade de ser feliz, és tu musa poeta, mulher de varias cores que me faz sonhar e viver de amores...ao som de um velho piano que não toca mais...

socorro moreira disse...

Que lindo, menino!
Você entra na minha poesia, porque mora no meu coração!