quarta-feira, 3 de junho de 2009

Na garganta da noite...




E dos espaços brotaram tristezas,

Pingos das manhãs orvalhadas,

Fugas de iluminação efêmera,

Escape dos momentos fugazes.


Meninas que há de tanto?

Esgotamento de estoque,

Fatura de vencimento,

Badaladas de partida.


E os sertões?

No limite,

Solitário,

Silencioso,

E depois renasce.


Não poderia algo assim,

Sem certezas de sustentação,

Muito do que se retira,

Como regra da aridez?


O éden fica ao norte do nada,

A alegria nesta roda de bambas,

O canto nos contrafortes da alma,

E a poesia nos átomos da respiração.


Meninas,

Não segures a cauda do amanhã,

Basta a cela desta jornada,

Por destino o sonho da pausa,

E se levante houver,

Nascerá qual primeira das manhãs.


José do Vale Pinheiro Feitosa


Socorro Moreira , disse :


Fora do espaço, afloram alegrias

Sereno da noite, orvalhando a flor

Encontros iluminados,no espelho da casa.


Meninos , o pouco é tanto ...!

Reposição de estoque

Duplicata de emoção

Recibos da devoção.


E os mares ?

No horizonte,guardando sereias

Alojando a caixa-preta

Ou o báu de Pandora ?


Incertezas ,sustentam sonhos

Nesta adição de sementes

A regra é a floração.


O inferno é o limbo

A tristeza é a inconsciência

O pranto nos cofres da alma

E a arte nos átimos da noite.


Meninos,

Prendam a calda do porvir

O mel desse pêssego

Está na madrugada

É preciso retê-lo !


Socorro Moreira

4 comentários:

Edilma disse...

Vale de surpresas
Anotadas no blog
Lidas e deliciadas
Entrelinhas



Sempre nas noites
Ocultas em online
Cumplicidade de escritos
Ocasiões de surpresas
Reais ou imaginárias
Repletas de dom
Ou talvez de poetas

socorro moreira disse...

Eita bichinha danada !
Já entrou na lista dos poetas ... Tens o dom !


Beijo.

Edilma disse...

Não me controlei e escaparam as palavras.
Perdão aos dois pela intromissão...

socorro moreira disse...

Que é isso, criatura ?
Quisera sua interferência, nos versos que sinto.
A poesia é coletiva , amiga !