sexta-feira, 3 de julho de 2009

Hachurados - Por Socorro Moreira












Vale pichar , "falar mal, que não faz mal" ...

Mas não vale deformar , denegrir, ridicularizar.

Não tenho da vida , senão a própria vida...

E dela, nem sou guardiá.

Tenho afetos tantos ...

E um potencial de amor no coração.


A dor passou,

e não quis ficar ...

Achou o terreno encharcado

de alegria ...

Ela rejeita o bem-estar.

Mas sempre volta ,

esperando lugar pra sentar ...

Tem sua cadeira cativa ,

mas uma cadeira vazia ,

como a canção de Lupicínio.


Se existe pecado em desejar e fomentar

delicadezas...

Em ser sensível às almas benfazejas ...

Quero pecar , pecar, pecar !


Não sei lidar, nem quero ...

Com o obscuro de alguns

Os meus hachurados

estão iluminados

pela consciência de que

Não sou nenhum, nem algum ...

Sou uma simples intenção divina...

que um casal humano argamassou.

aqui , na estrada.

Curtindo os encontros,

e aprendendo com os inversos,

que estão em mim camuflados.


Se rejeito alguém,

antes deles me rejeito...

Mas comigo sou paciente.


Postar em casa,

é alimento saudável...

Brinco com as letras,

picho as paredes,

e repinto os versos,

que escrevi no passado.


Amo os meus amigos,

meus filhos,pais ,irmãos...

Amo pessoas que nunca vi...

Amo o desconhecido,

que habita em mim...

Todos os meus eus

ausentam-se de pessoas

que desclassifico.


Tarde de um dia de Julho...

Estou alimentada de vida !

2 comentários:

Edilma disse...

A dor passou,
e não quiz ficar...
E assim Socorro falou..
São tantos afetos
Que nem dá pra contar..
Vale mediou
Estrela da noite chegou
A arte trabalhou..
Zé não aprovou...
Professor admirou...
A dor não mais
Se intalou
Vamos deixar pra lá.

socorro moreira disse...

Edilma,
Essa linguagem poética é mais um dos teus atributos. Deixe a poesia rolar !